sábado, 3 de maio de 2014

Kenny Zee: o criador do Priston Tale



Atuando na indústria de games desde 1991, o sul-coreano Kenny Zee (atualmente deve estar em seus 42 ou 43 anos), desenvolveu jogos para Mega Drive e Fliperamas. Mas seu maior projeto foi o jogo Priston Tale que, na época de lançamento no Brasil, já possuía mais de 10 milhões de jogadores pelo mundo e cerca de 200.000 jogadores brasileiros já se aventuravam pela versão em inglês do jogo.



 Kenny Zee fez uma visita à Kaizen Games (empresa que trouxe o jogo para o Brasil em 2005, em parceria com a CTBC) em agosto de 2005 (época em que o jogo estava em seu período Closed Beta) a fim de garantir o melhor funcionamento do jogo em seu lançamento no Brasil.

 Durante sua passagem pelo Brasil, o criador do Priston Tale deu uma entrevista ao Uol Jogos, que você confere abaixo:

Como surgiu a idéia de criar o "Priston Tale"?

Kenny Zee: A idéia inicial para o "Priston Tale" nasceu da intenção de criar um jogo que tivesse uma grande energia e, ao mesmo tempo, sem perder o foco na realidade. Além disso, a maioria dos jogos publicados até aquele momento eram monótonos, com pouca ação, movimentos lentos etc. Assim, enfocando a necessidade da mudança desses paradigmas, nasceu o jogo chamado "Priston Tale". 

Na sua opinião, o que torna os MMOGs tão atrativos? 

Zee: O que torna os MMORPGs tão atrativos é a comunidade que se forma dentro do mundo virtual do jogo. Essa comunidade é, sem dúvida, a maior jóia que se pode extrair de jogos como o "Priston Tale". 

Quais fatores determinam o sucesso de um MMOG? 

Zee: Os fatores que determinam que um MMORPG se torne atraente à percepção dos usuários é a disponibilização de um ciberespaço, onde jogadores de todas as partes do mundo possam divertir-se, conjuntamente e ao mesmo tempo, participar de bate-papos, trocar experiências e informações e até mesmo fazer amigos. 

Que diferenciais a versão brasileira de "Priston Tale" oferecerá para atrair o público local?

Zee: O primeiro grande diferencial da versão brasileira é a adaptação da interface do jogo à Língua Portuguesa, para maior conveniência dos usuários. Além disso, toda a infra-estrutura de servidores e telecomunicações está instalada no Brasil, o que garante uma melhor performance no jogo. Da mesma forma, "game masters" brasileiros estarão vinte e quatro horas por dia monitorando e auxiliando os novos jogadores a conhecer o mundo virtual de "Priston Tale". 

Considerando os diferenciais dentro do jogo, há muito mais atrativos sensacionais e vibrantes ainda por vir quando do lançamento do Bless Castle [local onde um clão joga contra outro] e PK ["Player Killer", ou seja, confronto direto entre os jogadores] , atualizações que serão implementadas num futuro muito próximo.  

Como você enxerga o mercado brasileiro de MMOGs? 

Zee: O mercado de games no Brasil está apenas começando. Ainda sentimos uma carência de melhores serviços de telecomunicações e infra-estrutura de rede, que sejam capazes de suportar os jogos do tipo MMORPG. 

Somente assim, os jogadores poderão contar com condições técnicas mais estáveis para que possam melhor usufruir dos recursos do jogo. Da mesma forma, incentivos governamentais se fazem necessários para fomentar o crescimento desse novo segmento de negócio no país. 

 Hoje, no Brasil, "Ragnarök Online" é o MMORPG mais popular. O que "Priston Tale" tem de melhor em relação ao concorrente? 

Zee: O jogo "Priston Tale" se diferencia do concorrente por ser, verdadeiramente, tridimensional, além da dinâmica e da ação dentro do jogo, que possibilitam reações mais rápidas dos personagens e, também, dos monstros aos comandos do jogador. 

Todos esses fatores conjugados proporcionam aos jogadores sensações muito mais realistas dentro do mundo de "Priston Tale". Além disso, a grande variedade de personagens disponíveis, para serem escolhidos pelos jogadores, fazem do "Priston Tale" um dos maiores jogos 3D online do mundo.

O UOL ainda fez um Bate-papo com Kenny Zee, que pode ser conferido aqui.

Infelizmente o mundo maravilhoso que Kenny idealizava para o game no Brasil não durou muito tempo e, atualmente, o jogo possui muitos problemas além da administração desastrosa da atual publicadora, a Hazit Online Games.

O interessante é que, já em 2005, haviam boatos sobre o Priston 2 e a Tier 5.






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